domingo, 21 de fevereiro de 2010

And here we go again...

Deixe as lágrimas para uma outra hora, hoje é o dia da vida, dia de recomeçar. O orgulho, o egoísmo, o auto drama pessoal e todos aqueles pequenos defeitos essenciais que tenho serão guardados e aprimorados. O desejo insaciável de ser reconhecida por todos será apenas mais uma meta perdida, fútil que se esvaeceu com o amanhecer. De cima do morro, com o nariz ainda sujo de pó, sem medo e sem fé é que eu vejo esperança, mudança e principalmente felicidade. Não importa mais quem eu não tenho do meu lado, importa os que estão comigo. O que importa é a diferença que você faz pra alguém, o que importa é o respeito e acima de tudo a sinceridade. Eu pequei, muito e todo o tempo. Eu errei por ser apenas mais um simples ser humano perdido diante do mundo. Eu busquei paz a todo o momento, quando eu sabia que o que mais queria era estar no meio da confusão, da gritaria, da bagunça. Hoje não erro mais, o pecado é válido somente para mim e julgado no meio do silêncio, a sós. Uma alma e apenas mais um corpo, que completa uma figura, que transmite e reluz aquilo que há por dentro. Não sou um filme, muito menos uma história, não existe livros, independente de estarem abertos ou não. Até que ponto as pessoas podem conhecer as outras? Isso não se trata só de confiança, isso é uma guerra, onde não há caça, porém milhares de caçadores. Estou me livrando das sombras aos poucos, estou me tornando límpida, mesmo que ainda existam as ondas tempestuosas. Esse sentimento transbordando, essa mania infantil de querer sair e fugir, o brilho, o sorriso, a preocupação, tudo isso ficará aqui, a princípio nada estará acontecendo. Eu sempre fui uma pessoa impulsiva e faço isso quase de propósito.

De: Giovana Tazinazzo
Enviada em: sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010 10:53
Para: Pamela Costa
Assunto: As conclusões que sobraram...


Eu não quero ficar puta ou muito puta com você. Acho que certas coisas que nós fazemos soam simplesmente como ‘acontecimentos’ em momentos inoportunos ou não favoráveis. Eu vejo muita coisa, você deve saber. E aprendi ao longo de sufocantes, mas felizes, 9 meses observar as pessoas, as coisas, os ambientes e principalmente e imprescindivelmente os gestos. Eles nos dizem muita coisa, sabe? Não só sobre a essência de uma pessoa, mas sobre as intenções, que quase nunca são boas. A gente não percebe, mas esses mesmos gestos, pequenos e imperceptíveis dependendo do ponto de vista das pessoas, normalmente fazem uma diferença enorme para mim, porque, à partir deles começo a separar o que sinto, do que penso e do que acho certo fazer. Eu sempre vou contra meus princípios, assim como você. E mais uma vez creio que me precipitei em confiar em certas coisas que achei que você ou qualquer pessoa não faria e me precipitar não condiz com o que eu pretendo fazer. Ontem, devido a milhares de acontecimentos e de pequenos grandes gestos tomei algumas decisões em relação as minhas atitudes, a minha personalidade, a quem eu quero ser e por que quero ser, a minha felicidade e o meu sofisticado ponto de vista. Me decepcionei, porém parte disso é devido eu não me colocar no meu lugar e isso eu garanto que farei à partir de hoje, de agora. Não vou mais perder meu tempo, não vou mais tentar a todo custo e o tempo todo ser altruísta perante a você e diante do mundo, as pessoas precisam de egoísmo às vezes e eu continuo sendo uma pessoa. Por mais confuso e extenso que isso pareça ser, acho que você entende exatamente onde pecou, no que peca e por que o faz e não sou eu, um simples ser humano errado que irá te alertar dessa vez. Eu supero, eu tolero, sempre e todos os dias, porém tudo tem o seu limite e principalmente eu. Respeito não se trata de ‘obrigada’ e ‘com licença’, respeito não se trata de amor, confiança ou carinho, o bom senso, dignidade e caráter se enquadra um pouco mais... Não se adapte a uma nova versão de mim se não quiser, mas aceite.